Monday, April 7, 2014

O Grupo

    Agora que já contei sobre algumas das crianças com quem convivi por lá, vou contar-lhes também um pouco sobre o grupo de profissionais que nos recebeu e que fazem este programa possível a partir do seu árduo esforço.



     Quando chegamos no endereço do albergue em San José Laura foi a primeira que nos recebeu.  Ela é muito ativa no programa como coordenadora do centro na capital.  Ela está constantemente em busca do conforto das crianças, buscando fazer a atmosfera do albergue tão acolhedora quanto possível, sem perder o foco na eficácia dos trabalhos.






     Maria de los Angeles é a presidente do programa e agora está trabalhando em dobro.  Além de supervisionar o albergue em San José, ela agora toma conta também da construção do novo prédio e Perez Zeledon. 



     Nas duas regiões que visitamos o time de profissionais que executa  trabalho é composto de uma psicóloga, uma enfermeira e um(a) médico(a).



     O Doutor Irola aperfeiçoou-se fora da Costa Rica na área de Cuidado Paliativo (veja um de seus trabalhos publicados em  http://ajh.sagepub.com/content/27/7/456.full.pdf).  Ele é uma pessoa serena e reconfortante para os pacientes s suas famílias.  Junto com o trabalho clássico de medicina, ele está sempre buscando alternativas para terapias com as crianças, como trabalhos em arte ou atividades com animais (cachorros), que parecem ajudar muito os pacientes. 

    Angelita, a enfermeira do grupo em Perez Zeledon, é uma pessoa muito alegre.  Ela se comunica muito bem com as crianças e suas famílias, sempre sorrindo e buscando o lado positivo das coisas, sendo generosa e motivadora.  Na semana após nosso retorno, ela participou de uma campanha de doação para ajudar as vítimas de cancer, doando 30 cm do seu cabelo!  Ela frequentemente dirige a caminhonete até as casas.  Angelita percebe que o processo é mais complexo do que simplesmente ajudar as crianças e ela sabe que isto às vezes requer uma mudança de hábitos.  Na reserva indígena, por exemplo, era ela quem tomava a iniciativa de conversar com os pais sobre controle de natalidade e com as garotas sobre a necessidade de tentar evitar a gravidez em idade muito jovem.




    Marlene é a psicóloga do grupo e alterna na direção da caminhonete com Angelita, o que também é um trabalho árduo e stressante.  Ela se juntou ao programa após acolher em sua casa a filha de um amigo, acometida de cancer, que faleceu logo a seguir lá mesmo.  Durante este período, ela e seu marido criaram uma ligação tão forte com a garota que ela sentiu a necessidade de ajudar outras crianças em situação semelhante.   Ela queria dar às crianças doentes melhores condições de vida, como fez com aquela garota.  Marlene é muito grata àquela primeira garota, por ter lhe trazido para o programa de Cuidado Paliativo.



   Doutora Alejandra é a médica do grupo, além de manter o bom humor de todos em constantes brincadeiras ao longo do dia.  Esta aparência brincalhona se transforma em eficiência tão logo ela se aproxima do seus pacientes.  Sem cansaço ela entrevista os pais, pacientemente explica a eles os detalhes de tomar conta de cada criança especial.  E ao fim do dia ela ainda está com a mesma energia da manhã!  Então ela vai pra casa para começar sua segunda jornada, tomando conta de suas duas filhas, gêmeas.










     Sonia, a secretária em Perez Zeledon, assegura que o Albergue esteja sempre em ordem enquanto os 'doutores' estão visitando os pacientes.  Ela é muito receptiva e fez questão de nos atender em todos nossos pedidos. 


    O grupo todo é muito maior do que estas pessoas, claro, mas foram com eles que passamos a maior parte de nosso tempo e que se esforçaram para fazer nossa estadia especial.  Fico imaginando como isto é realidade também para as crianças no programa

    Cada visita que fizemos com eles, independente de às vezes não terem nunca antes encontrado a família da criança, sempre pareceu um encontro de velhos conhecidos.  E após aquela primeira visita, eles sempre foram capazes de reconhecer cada criança, apesar de cuidarem de quase mil pacientes.  

    Na nossa última noite em Perez Zeledon nós testemunhamos mais uma vez a generosidade do povo da Costa Rica: o grupo do albergue nos ofereceu um jantar na casa de Angelita, preparado por todas.  Estamos muito agradecidos a todos por fazer nossa experiência aqui na Costa Rica tão completa
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Beijos,

Mariana




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